31 de ago. de 2012

Ares de Setembro

Ora, devo-lhes dizer
Ao contrário, aqui se vê
Coisas boas ao luar... 

Que parado, nu se enfeita

A paisagem, endireita
Céu descansa feito mar

Não me venha com o verso

Ser bondoso ou perverso
Ares vão se exaurindo

A garganta fica acesa

Fica rouca, fica presa
O meu ar vai se esvaindo 

Hoje falta-me o desejo

Falta o brilho, falta o beijo
Minha gana se distrai

Amanhã será diverso

Novamente o universo
Ao mistério nos atrai

Virá deus das profundezas

Dá-me de suas riquezas
Respirar um ar tranquilo

Me conduza ao respeito

Antes mesmo que o direito
Possa vir julgar ambíguo

Minha consideração

Falta-me a respiração
Quero o mundo ajudar

Mesmo refém do umbigo

Fraco enfrento o perigo
Repartindo o mesmo ar

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