1 de ago. de 2012

Quando a verdade persuadiu a esperança

Hoje, fiquei a um passo da verdade
Rapidamente como o sol, ela sumiu no horizonte dos meus pensamentos
Basta de eufemismos, quando nada suaviza meu poente
Não posso esperar que a razão dê luz às minhas insanidades
Vivo de desejos e esperanças
Meu coração se perde a cada dia na lembrança de um ontem
E hoje já é o amanhã de outrora
O que no futuro posso esperar?

Espero.
Desejo.

E meu corpo, fruto da escolha de outrem,
Vai morrendo aos poucos na insistência do vir-a-ser
E a existência trai o homem
Corrompe a alma fraca
Forte, crente, santa, ingrata

Hoje, a verdade persuadiu a esperança
Em meus olhos, a lágrima brotou
Do remorso da culpa primeira
Que me trouxe a teus pés nesse ocaso
Não me julgue pelo excesso
Por não ser como outro qualquer
É que não me coube a escolha
Nem é caso aqui, mencioná-la
Eu traio a cruz da cultura
Quer crença, ciência ou preceito
Vou enfim procurar a verdade
Escondida lá dentro do peito

E me corrompo.
Quando a cruz fica pesada
Nem a droga endireita meu sorriso
Não me julgue segundo a tua esperança
Tua fé, pouca ou tanta
É que o certo vira errado
E vira certo e me confunde
Não defendo isonomia de ideias
Nem questiono a fé alheia com maldade
Cada um que se corrompa com seus deuses
E quando a hora derradeira chegar ao homem
Que ele possa encontrar-se com a verdade















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