2 de jun. de 2013

7 atos

I
O que o tempo precisa
A morte eterniza num instante
Os amores se vão e se perdem
Se encontram, se acham
Se despedem

II
Me perdi pela fumaça dos sonhos
Me engasguei com a fantasia
E me encontrei 

III
Sem dono, parti
E deixei ao meio meu fim
Pra recomeçar de mim
Ou por outra via qualquer
Quem me queira
Mal me queira
E às falácias, me entrego
Acontece que de tanto pedir e implorar,  eu desisto

IV
Quem delega ao tempo os seus atos
Cria deuses de vento e fumaça
Fica vazio, o seu coração disfarça
Que é feliz
E, quem sabe um dia
Possa trocar a droga por alegria
Ou outra forma qualquer de engano
Onde dê pra se esconder

V
Por debaixo dos panos
Se acende uma tristeza
Quando à mesa,
O melhor prato sirvo sem reserva
Essa seja minha sina
É que o mundo me engana o tempo inteiro
Já se dar com tal empenho me desespera
Não há verdade que me acuda
Nem coragem que se valha
Ao meu empenho
Não há doce quando o amargo chega à boca

VI
Me ajuda a deixar de me entregar pelas metades

VII
Inquieto me deito
E durmo um sono ausente
Pareço acordar 
Mas, ainda estou dormindo.






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