29 de ago. de 2013

olhos de água

e o dia passa lentamente
já o coração não segura o seu ritmo
o ar escureceu o meu entorno
que o copo de café virou cinzeiro
o sol tingindo a cortina de amarelo
enquanto o meu sorriso se intimida
as mãos que tocam a pele áspera
não tocam mais os cabelos vermelhos
nem o íntimo, que se disfarça de caráter
para ser lembrado no dia do juízo
a voz semitona à medida do desejo
e os olhos se enchem de água

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