14 de jun. de 2014

longa espera

Quanto de luz se faz um sol?

Vou subestimando as glórias, revelando histórias ao compor um verso. Vou amando menos, correndo mais, chorando ainda. Verdade e justiça travando batalhas medievais, sistemas e morais se transformando. E o sol atinge a pele, o pensamento conduz o corpo, anfitrião de almas que se hospedam em suas essências.

Ignoraram a vida no verde da paisagem. Abdicam dos vários tons de sutileza em troca das mazelas de um tempo. O trabalho que dá fazer um velho sábio sorrir não pode ser o mesmo que o faz triste. Quando dois sentimentos se cruzam, fica latente a confusão. Então, não dá mais tempo de criar novas manias. Deixe-as chegarem em paz.

Muita boca, pouca fala. Fala nenhuma.
Muito afago, pouco afeto. Nenhum ato.
Tantas flores, incolores. Nenhum cheiro.
Com vontade mas lhe falta entusiasmo.
Com carinho sem nenhuma atenção.
Tanta angústia à dor ligeira.
Cantam almas, vagam mentes.

Tua imagem não me incomoda.
Teu carinho, não conheço.
Tua beleza me incrimina.
E o tempo passa vazio.
Se esvai.
Não há como aprisioná-lo.

Muito ouro e pouco brilho.
Curto tempo e longa espera.

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