8 de out. de 2014

antebraços

é a morte
imitando a vida
demiurgo do sonho

vou-me embora
curar as feridas
que o amor 
tá sem dono

mãe, 
tua vez, solidão
não me diga porém
que o amor
tem razão

teu respiro é meu
teu desejo é meu
teu encanto é meu
outra vez, solidão

a cabeça abrir
a cachaça beber
o sorriso chorar
a saudade esconder
o deserto surtir
a maldade parar
o coração romper
o afeto apagar

é terra, é céu
é luz, escuridão
na areia branca,
amor
nas verdes águas
do mar

não tem o que temer
se deus de lá descer
o homem irá subir
a morte vai nascer
se o pobre melhorar
o rico vai sofrer

uau...
que mistura vulgar
sentido norte
ou sul
vem cá meu leste
brincar 
com o seu 
velho oeste

entranhas
sutis
vis
culturas
inúteis
anéis 

acabrunhou
meu bem querer
que o sol vai explodir
de emoção
com seu ciúme
tórrido prazer
de pés
e mãos
de braços 
e antebraços

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