outro
cigarro
toma a minha poesia
que
o
verso
é a fumaça que sai do meu rosto
a invadir
todo
o quarto
um pensamento
é o suficiente
para
apagar
o brilho das estrelas
e encurtar a saudade
vou
abandonar a culpa
e a liberdade
e assumir
louco
a
prisão
que deus já não consegue
ser o bastante
e não me cobrem
vossa
verdade
que a minha vaidade
anda
às soltas
difícil
vida
fácil
que
me ganham todos os holofotes
e o que fica
para a eternidade,
o
sonho?
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