11 de mai. de 2015

meio do fim

sinto muito
meu bem
me arrisquei
sem pensar
e do muro
pulei
adorar
outro
altar
se
do
nada
eu bem sei
que
o mundo
é
assim
me
revejo
no
espaço
e junto
os pedaços
aos
maços
de
mim

e
me
dou
teu
presente
eu sou
teu somente
um
meio
do
fim

maior engano

chega a ser
atemporal
no
tempo
em tudo a duvidar
de
cada ato
pano
saco
de
amor
e
cede
à palavra
argumentando
ao coração
que o
meu ceticismo
não
resiste
ao teu prazer
e
dentro
da
cabeça
eu
te tenho
em
minhas
mãos

e

somos
mais que
uma
pitada
de
paixão
e uma dose
de
vontade
o
nosso corpo
finge
acreditar
que
a
felicidade
é o seu
maior
engano

tua vaidade

tua vaidade
me
trata de um jeito sem norma
sem
forma
sem jeito

toda a verdade
se
cala
divaga
nos ares de algum
argumento

se foi
sem saber
o que
era preciso

e não foi
feliz

não era importante
amar
à medida
do outro

a pele implorou
pelo
toque

se deu
ao prazer
infiel
da saudade
e
do
gozo

num instante
as mãos
já sabiam
por onde
correr

o nada
em razão
da mania
era
claro
em mim

é raro
não prever
os rumos
que
a dor
vai causar

que a felicidade
parece
injusta

privacidade

vou invadir
tua privacidade
com toda
discrição
e sem querer
vou provocar
maldades
justo
no
coração

é que a miséria pura
é um trago de realidade

uma
puta
sacanagem

fumaça
na
cabeça

tristeza
sobre
a
mesa

meu prazer todo
cabe dentro
do teu prato

nada é novo
que não
venha com amor

levaste-me

fechaste a porta
e
entreaberto
ficou
meu
coração

levaste-me
contigo
ao
me
deixares

passional

o mal
moral
e o bem
humano
que a razão
é a seu posto
passional
e
é
assim
que deve ser

tudo o que
eu vejo
é
do
meu tamanho
um desespero
cada pedaço
fica inteiro
quando me
fito
em você
no seu olhar
que
acabo
crendo
numa ideia
o
teu
amor

vai ser
assim
a
minha

o teu
prazer
a minha
dor
a te buscar
em
mim

e nos teus
sonhos
dormir
e
em teus braços
acordar

6 de mai. de 2015

afeto divinal

eu
sou
porque a tentativa
de amar
me
traz
de volta
ao desespero
de tossir
e não ter ar
pra carregar
meu lar

são circunstâncias
tão amenas
que o sorriso
aquece
a
alma

a solidão
estende a sua roupa
no varal
dos versos
e a vaidade
se esconde
no quarar dos sonhos
que cantam
os corações
enquanto
esperam
aguardam
novamente
a tua mão
e
o
teu brilho
a desnudar
o
afeto
divinal



5 de mai. de 2015

atrevimento

eles
se
atacam
se
acertam
se
abraçam
se
expressam
e
estão
de
conluio

devolverão
à privada
o
verso
a
fala
humildade
e
parcela
do
orgulho

e numa
mão
acalenta
na 
outra
dispensa
seu
engodo


são anjos
e nem 
por isso
se igualam 
ao divino
ao
homem
à
sorte
de
chorar
e o teu
atrevimento
chegou
como um 
vento
me leva
daqui
pra outro
lugar

3 de mai. de 2015

vem me amar

e quem me completa
é o meu amor
a minha canção
é parte
da
parte
encarte da arte
o grito de deus
o tempo
que
canta
verdades
espanta
saudades
de mim

era só pra ser 
mais um amor
e nada mais

vão me enterrar
no fim
e o que fazer
do pão
dos filhos
das cantigas
de ninar

meu esqueleto
em
tua
carne
a
se
moldar

minhas virtudes
atitudes
a calhar
em
boa
hora
não demora
vem
me
amar

o valor de um respiro

não precisa ser muito
sábio
em perceber
o valor
de um respiro
até porque está
para além
de uma lembrança
ou saudade
e toda a sabedoria do mundo
se resume ao avesso do instante
à negação da escolha perdida
nos sentidos
ao soluçar da caridade
maltratada
na dor finita
e na felicidade falida

não podem ser uma perda
a coragem e o medo
as voltas do rodamoinho
o som dos pés do lagareiro
o vento a inebriar o crente
a água a perfurar a pedra
a ideia que enganou a mente

e o dia não cumpriu as suas horas
a noite se calou na escuridão
o sonho se evadiu com a memória
cabeça deu adeus ao coração

2 de mai. de 2015

a força

a força
que chega
é
a
que
sai
de
ti


preguiça

a preguiça
de
crer
me
leva
a sorrir
livremente
que me estimula
a
fumaça do cigarro
a
te tragar
ó vida
minha fantasia
meu
engano

não quero a 
misericórdia
velada
no infinito

quero ser só um
amigo
que toda vaidade
é um nada
escondido



a solidão?

a
fantasia
é
o
que
nos alimenta

ela é o que criamos
para entender
e
de
que
me
serve
o número?

faço existir
sei lá onde
outros seres

serve só pra
enganar
e
iludir

enfeitiçar
e
confundir

ainda bem
que em tudo
quero é respirar
por
conta
própria
e
o
que
me
cabe,

a solidão?

sã consciência

o medo
da
inexistência
é
objeto
do pensamento

talvez 
por isso
não
sejamos
intensos

é que a cabeça
não deixa

é louca
em
consciência





1 de mai. de 2015

sou teu somente

desaparelha
a
tua
dor
que nada cabe
além
do amor
no coração

que tua
crença
se deleite
no respeito

quero um extremo
a separar
o erro
do
acerto

é a razão
equidistante
da diferença
que nos
une
e
nos
separa

sou teu
somente
em tua
mente

surpeenda

surpreenda
a
sorte

engana
a
morte

eterniza
o
momento

desola
a
solidão

desaponta
o
coração

esconda
o
sentimento


a quase uma década

a quase
uma década
e
o
que foi feito
do meu amor por ti

que o pensamento
só divaga
no mesmo tom
do
coração

o tempo
bancou
o vento
a levar e
 a
 trazer
a saudade 


nosso

e todos
se
vão
levando-me
consigo

sou o maior
pedaço
de
cada
um

teu espelho
meu
amo
e
senhor

tua sorte
tua chave
variáveis
de ti

na dança
da alteridade
venço
a
solidão
que um
disparate
no
coração
me torna tua
parte

e nada será
tão
teu
senão
nosso


homogênio

e nem sempre
é caso
de cicatriz
a
pele
regenera
cada
poro

volta a respirar
como se o tempo
fizesse
esquecer

homogêneo
foi o meu amor
por
ti

voraz

vou te amar
antes
que o pensamento
volte
a
trair
o
coração
e
a
surpreendê-lo
com suas fantasias
quase
sempre reais

é que tenho a cabeça
meio incerta
e talvez
o que ressinta
reste intenso
e
vil
porque é sucinto 
efêmero
e voraz


protesto

  num tempo onde as tragédias são celebradas alguns tantos te querem triste, derrotado levante, sorria para o espelho, para a vida o teu sor...