25 de fev. de 2012

Espera

Parece que deus resolveu encurtar a conversa
E como se nada parecesse o que é em essência
Resolvi deixar-me guiar pela pressa
Urgência de amar e ser amado

Paliativo à dor
É o preço pago pela efemeridade dos sonhos
E resisto à culpa interna

Deus de fato tem seus propósitos
E meus remédios já estão no fim

Quer a morte entre a sorte ou medo encontrar-me?
Quer o corpo entregar-se ao morto por uns poucos momentos de prazer?
O "ser-no-mundo" não encontra seu lugar à sombra

Chega de sentar-se à beira do precipício
Joga-te!

Encontra-te nas pedras abaixo
Lá não parece ser nada bom em vista do ganho imperfeito
Pois, a face humilhada do morto
Retrata a paga imodesta

Convenhamos que a semente precisa ser plantada
Mesmo que pela mão humana

E não há crime maior que julgar a alma que sofre
Nem o espírito por mais santo que seja, resiste

E eis que chega o dia da colheita
Antes, vale lembrar das podas feitas ao longo tempo
Sabes bem que o amor que sinto prepondera
Ante os problemas propícios que não esperam

Eu, continuo esperando
Já que a derradeira espera ofusca o brilho da morte.

Doce Espera


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