26 de fev. de 2012

"brasil"

Meu brasil continental quer do amor um pedaço
quer da honestidade um ganho
e da miséria seu prumo
quer da asserção do dia uma noite gloriosa
ou da noite assassina um pouco mais de afeto

Glórias incertas tornam-se certezas
Ofuscado brilho de uma evolução de pensamentos

Muito pouco do meu céu
são cachorros que em diversas direções
catam as migalhas e roem os ossos do meu desespero

Não tenho sequer pra mim

E de educação em educação vou esvaziando minhas dores
os pesares das instituições não se importam tanto com o homem humilde
e o ciclo mais uma vez nos conduz ao lixo, ao processo, ao consumo
recriar identidade não está emancipando a humanidade hostil
e o meu brasil segue às rédeas da globalização que cria recriando
que sorri do atraso na piada, que digere beleza em troca de morais



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