17 de abr. de 2012

Eu

Adormeço quando fujo
E não entendo quando falo
Tempo além do meu juízo
Canto aos poucos pra não ser tão desalmado
Que no pé me arde a agonia de meus calos
Corro pra não parar
Aguardo ansioso o sol oportuno
Espelha em minha imagem um homem fraco
Que chora quando é tempo de alegria
E escolhe quando não há esperança
Fujo dos meus limites
Pra sentir melhor o ar
Podo meus galhos bem curto
Pra não dar tempo de corromper-me
Sou moderno e obsoleto
E o erro depende da época
Justifica-se à medida do sonho
Frutifico certezas pra não corroer o estômago
E no âmago ficam restos de solidão
Quero amar sem a medida dos meus juízos
Pra sentir felicidade
E deixar de fora qualquer maldade

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