20 de dez. de 2011

Renovação

Tantos e tantos ocasos, hoje se fez mais um. A dúvida se dilui nas incertezas. Os olhos escondem seu brilho frente ao raiar do dia. A natureza, alheia aos nossos anseios, cumpre sua missão diária. Ela se integra, eu me desintegro diante do seu poder. O que choca é não entendê-la. O que conforta é fazer parte dela. Isso é simultâneo. Não dá mais pra negar essa interação. Eu sou árvore tanto quanto a água é doce ou salgada. Eu sou o vento por mais frio ou turvo se faça. Eu sou homem tanto quanto o caminhar lento da tartaruga. Em essência, mais que puro acerto, os filhos retornam a seus pais no infinito som da beleza, escura ou brilhante, tímida ou necessária, constante ou parcial. Não há mais tempo pro engano. Não dá mais pra tentar adivinhar a sorte enquanto a morte exige, a duras penas, a lei da gravidade de sua natureza. Entendê-la é entrar em contato com o sol que clama: abra a tua janela e respire os ares puros que emanam da atmosfera cruel da natureza que chora todos os dias sem falhar sequer um. Minhas vontades ou certezas, qual mandala que guia o meu dia, se rompem a cada pôr do sol. Nunca dormir foi tão novo. A evolução me conduz ao cansaço. Me conduz à renovação.

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