29 de mai. de 2012

Distúrbio

Paralelo ao amor - o desejo
Quer do corpo - a cobiça
Quer da pele - o anseio

Não há quem lhe conheça - o dentro
E nem quem lhe mereça - o afeto
Só por qualquer cheiro - ou qualquer devaneio
Viola o corpo sem mácula - obsceno

Desmascarada a serpente enganadora
Só para o proveito do umbigo
Como preso ao feto inóspito

No alvo de suas mazelas
Estão as mentes que fingem o engano
Ledo engano,
E nas sutilezas do demente, caem as almas
Cedem aos mundanos prazeres

Estará no pensamento, instinto ou lamento
A lógica de seus atos?
Na boca, lábios, ânus
Em suas partes mais íntimas
Inebriam-se de si mesmas
E lhe compraz o corpo, o toque ou decoro

Em sua mente só importa o fetiche
Sem a graça, a desgraça se assola
E o distúrbio profana a ordem das coisas









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