9 de jun. de 2012

Aguardo calado

Tem um pedaço de mim
Que meio desatinado, confuso e cansado
Às loucuras, desama

Não sei se por desatino
Ou um turvo destino
Escolher, não me cabe

Distingo para além do verso
Mas triste, confesso
Não tenho tal gana

Quantos ainda esperam
No forte, no belo
Eu só tenho a cama

E sem saber do juízo
Quer fraco, amigo
Não me olham na cara

Se franco em qualquer franqueza
Amor em qualquer pobreza
Sou rico em afagos

Nem que me digam adeus
Veja, eu tenho os meus
Que me dão o necessário

Não venhas desmerecer
O que tanto eu prezo
No que eu acredito

Mas eu precisei da queda
Agora eu nem sei direito
Aguardo calado

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