Lembra daquele dia, do ramalhete?
Deixei entre as flores, um bilhete:
"Amar é como arte
São dois lados de uma parte
Que se unem feito laço
Feito rima, feito abraço"
Me desconcertei agora
Sem meu prumo, sem demora
Para lhe rasgar o medo
Do ciúme, do desejo
Não há crime, não há presa
Circunstância ou certeza
Que se afronte ao sentimento
Fica a lua, passa o tempo
Resta ao peito a conduta
Nem a santa ou a puta
Tem a culpa derradeira
A verdade vem certeira
Nos acometer às pressas
Sem vestido, sem coberta
Vou lhe merecer agora
Sem meu prumo, sem demora
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