27 de set. de 2012

À beira do verso

De verdade em verdade, me engano
Onde não quero estar, me hospedo
Quando é para aprender, ignoro
Na falta ou perda qualquer, me encontro

Na instabilidade do sonho, acredito
Na saciedade do homem, espero
No combate sem eira, eu deserto
E à beira do verso, aconteço

Floresceu na cabeça, um presságio
Quando desconfiado, eu entendo
Uma parte de mim, hoje entrego
Pois o céu se deixou, entreaberto

Numa luz qualquer, me assombro
E na sombra da lua, me deito
Na presença de deus, me escondo
No calor de tua pele, me aqueço






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