Atrás da rua tem um beco
Que apelidaram de aterro
É lá onde apanho as palavras
No desaterro da imundície
Pra convencer pro meu desterro
Que a fé afunda meu desejo
E a esperança floresce branca
E lá no beco sujo
De vez em quando eu fico só
E alimento meu silêncio
O meu sorriso
O meu tormento
E as palavras se impregnam na pele
Na mente, sobra a intempérie
Da volta ao meu princípio
Da vida, embora um vício
Que assola o peito na covardia
Na atrocidade do homem
Que desonra a noite
E no dia, finge inocência
Nenhum comentário:
Postar um comentário