1 de dez. de 2012

O fim do mundo

Na verdade, termina onde começa o percalço
Onde outrora, já lhes tenha tolido deus, a sua face
Onde todo arrependimento fez-se medida justa

Não vejo as coisas mais assim
A culpa justificada no sangue
Parâmetro de uma graça ineficiente

Chegou o advento do filho do homem
Quando se alegram ao choro infante, as parteiras
E quando choram ao feto inóspito, as carpideiras

Parece início mesmo o fim do mundo
Largo mão de alguns preceitos
Para o encontro ao Tu do alto

E te quero bem perto,
Pode ser que o presente eternize nossos medos
E o amanhã, ainda exista
E renasçamos à luz de uma nova aurora
Por onde termina o que acabamos de começar

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