8 de jan. de 2013

Beijo molhado de sangue

Falta
De quem me vê ao lado
Um pouco mais de atenção
Fora, talvez lhe vejam dentro
E se enamora
Por sua própria tolice
Evite
Me ver de lado
De costas ou de frente
Que minha boca fica sem dentes
Que te valham algum sorriso
Escolho um corte profundo
Que ultrapasse a intimidade da pele
Rumo ao osso de minhas mazelas
Mas, que seja devidamente insano
Racionalmente desumano
E o mal que não cabe dentro do olhar
Deixe escondido a cicatriz do corte
Que te sirva algo forte
Ou qualquer satisfação que te advenha
Retenha
A melhor parte dos teus sonhos
Que algo novo acontece
Muda os planos
O lado se aproxima feito espelho
O medo enfrenta a força do espírito
E fica frente a frente com o homem
Medo e homem
Sorte de quem acredita
Lucro para os que não se importam
E o prejuízo bate na porta do azar
Pra mostrar quem é que manda
Quando falta-me a gana
Uma grama
Uma grana pra pagar teus honorários
Ter contigo quando a minha boca seca pede:
O teu beijo molhado de sangue






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