23 de jan. de 2013

Niemeyer

Volte pra mãe que lhe deu o parto
Que o tempo é refém do umbigo
Não vou ficar pra Niemeyer 
Nem quero ver o que me expõe
Um céu anil de cor cinzento
Crua paisagem de concreto
Azeda o mal e bem te quero

E quanto mais te quero perto

Me tenho longe do teu corpo 
A gente não me tem por certo
Quando endireito o que é torto
Enquadro-me em teu endereço
Me custa ser quem merecia 
Qualquer ganância tem seu preço 
Qualquer nação tem o seu guia

Não vou ficar pra Niemeyer

Me custa o preço da fé
Que deixa plantado a teus pés
O medo

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