2 de abr. de 2013

Cabine

Vou te deixar entreaberta
A porta estreita da cabine
Desatinar em meio a fome
E que o insano desvairie
E se encubra na coberta
Não se acanhe da desgraça
Beba uns goles de cachaça
Logo a sobriedade some
A autoridade se consome
Pra se mostrar em devaneio
O mal atira-se ao meio
Vale do pão qualquer pedaço
Resta um cigarro no maço
E a tua imagem que me veio
No coração um descompasso
No corpo uma pele de aço
Pra dar o que me é alheio

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