Por não achar outra verdade que entretenha
E já faz tempo que os cigarros se acabaram
Deixei as mãos serem guiadas por si mesmas
Só para ver, de bom ou mal, o que criaram
A palavra sai da boca
Atravessa o espírito
Dá de cara com o medo
Se atrai com malícia
Sem a menor perícia
Constrói o seu enredo
Que disfarça seu mando
Entorpece o comando
E nos conta segredos
Reais e imaginários
Verdades e cenários
Quando ecoam fonemas
As linhas não são tortas
O caminho que é breve
Lá não há sequer portas
Nem janelas ou traves
Não existem esquemas
28 de mai. de 2013
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