20 de jul. de 2013

À quem recorrer?

À quem recorrer
quando não tem sentido sofrer?

O corpo 
entregue ao abandono
Coração ferido de enganos
É que
 por debaixo dos panos
O amor finge que tem um dono

Socorrei-me, 
das trevas, ventania
Derramai entre os homens, o alento
Em teus braços, 
no colo de Maria
Intercede ao teu filho o meu lamento

Socorrei-me, oh águas de Iemanjá!
Lavai as mazelas do meu canto
Acolhei-me, 
oh Rainha deste mar
Enjugai-me os olhos com teu manto

À quem recorrer
quando não tem sentido sofrer?

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