no riso a graça
no corpo vazio
um coração
no peito a raça
quer humanidade
em qualquer situação
eu levo no jeito
as marcas da emoção
carrego na alma
o lamento da canção
num copo de água
relembro a mágoa
a ilusão
caio de cascata
viro acrobata
pra fazer a zoação
coração cigano
esclarece a escuridão
lamento, engano
descobrir o sim e o não
acendo um cigarro
de novo um trago
de prazer
eu prendo, amarro
atiro, disparo
pra depois te merecer
dezembro, desmando
luta existencial
dizendo, ditando
esse texto marginal
não sabe de nada
e tudo parece
o que não é
aceita, acende
se compra, se vende
pra fazer o quê da fé
se solta, se prende
pra amarrar o pé no chão
disfarça, se rende
desavisa o coração
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