6 de set. de 2014

selvagem

selvagem
pra domesticar
minha vontade
pulsa
a carne
iludindo
meu suor
medo
e prazer
se confundem
e meu amor
degela
aos poucos

pra te agradar
sou teu
ainda que o ar
fique raro
o que são doença
e cura
se demais
ou pouco
eu me entrego

vida é
encontro
e desencontro
feito ida e volta
céu e chão
onde tudo
é nada
e nada
é tudo
e tudo
não basta
ao coração

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