25 de fev. de 2015

vulgar

sou
um amor vagabundo
um revés
do aborto indesejado
uma leva de prisioneiros
dentro da minha cabeça
imortal
ventania de saudade
me cobre
me encanta a memória
ódio
e
amor
no mesmo prato
veneno
com sabor de prazer
que mata
aos poucos
o sentimento
vulgar

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