3 de abr. de 2015

o sonho?

outro
cigarro
toma a minha poesia
que
o
verso
é a fumaça que sai do meu rosto
a invadir
todo
o quarto

um pensamento
é o suficiente
para
apagar
o brilho das estrelas
e encurtar a saudade

vou
abandonar a culpa
e a liberdade
e assumir
louco
a
prisão

que deus já não consegue
ser o bastante

e não me cobrem
vossa
verdade

que a minha vaidade
anda
às soltas

difícil
vida
fácil
que
me ganham todos os holofotes
e o que fica
para a eternidade,

sonho?


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