11 de mai. de 2015

tua vaidade

tua vaidade
me
trata de um jeito sem norma
sem
forma
sem jeito

toda a verdade
se
cala
divaga
nos ares de algum
argumento

se foi
sem saber
o que
era preciso

e não foi
feliz

não era importante
amar
à medida
do outro

a pele implorou
pelo
toque

se deu
ao prazer
infiel
da saudade
e
do
gozo

num instante
as mãos
já sabiam
por onde
correr

o nada
em razão
da mania
era
claro
em mim

é raro
não prever
os rumos
que
a dor
vai causar

que a felicidade
parece
injusta

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