Existem aqueles que já não entendem os motivos do outro chorar
Só querem que o medo se torne segredo e nada de novo criar
As pernas se ajeitam com muito enredo e a prosa se põe a reinar
Num mundo sofrido dos pobres amigos que já não encontram o sabor
Da mesma comida, da luta, da lida, dos sons, dos tormentos de amor
E cantam correndo, morrendo, nascendo, vivendo, sofrendo de dor
Da perda concisa, legendas da vida entre cenas, romances, terror
No filme da vida não há quem me diga se é belo ser um mero ator
Venha sem premissas, sem falsas notícias de morte, enlaces, horror
Digamos que o tiro não veio amigo e acertou com doidice a testa
Conspira, suspira, inspira a chacina que atrai os retratos da peça
E bem destemido suspira o gemido e se acaba a alegria da festa
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