18 de fev. de 2012

Sinais de mim mesmo

Hoje, embora a fantasia, me aventurei em meus próprios sinais de medo e angústia que as alegrias concorriam com minhas frustrações tão ocultas e, ao mesmo tempo, frias e entusiastas.

De si mesmo, só via o invólucro demente da traição do tempo. Inesperado tempo. 

As minhas raízes parecem hoje com preguiça de atingir o subsolo. Não querem nutrir-se mais da fé em vida numa morte feliz. Rituais de dores se impostam a cada dia entre canções  e sanções. O homem doméstico é o homem da luz, do sal. 

Meus cabelos crescem desmedidamente. Minhas unhas crescem. Meu corpo envelhece. Os cigarros se acabam rapidamente. Minhas drogas são insuficientes. Dormir me conduz a sonhos improváveis. Consideração  por mérito ou discriminação. A escolha conduz aos precipícios. Lembra?

Batem boca por motivos banais. Tolerância ao processo criativo enobrece meus rivais que consomem meus produtos. O limite do respeito é atingido ao toque do telefone. [...] 

- Podemos conversar agora?

Já não insistia mais na arte. Me rendi a meus próprios sistemas. Vicia-me não andar pelos mesmos caminhos. A revolta do inimigo já não atinge sequer a minha imagem. 

- Ainda não estou em condições. Me liga outro dia. Tchau!

Um leve adeus consterna o ambiente. Meus hormônios não produzem com insistência as reações outrora tão afloradas ou sensibilizadas.

Quando de repente respeitei meus instintos. De volta ao cigarro da noite. De volta ao sepultamento das emoções. Uma a uma se vão rumo ao vento do destino. Revelações apagam o brilho do mistério. Como ritos sem sentido. As canções rezam pelo anseio de justiça. O espírito se cala já que a mente não descansa.


                                                                


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