I
Bato no peito doente, de gente, de crente, ou demente, não sente a minha aflição
E com a mágoa perdida, esquecida, mantida dói dentro escondida lá no coração
Quantos pesares sofridos, perdidos, achados, comprados, inchados os meus pés no chão
E de pecado em pecado, me esqueço, obedeço, um terço, desejos de contemplação
Com alegria no frio, umbigo, insosso, sem gosto, sem posto de observação
Basta um pedaço do bolo, do tolo que espera, na fera que grita por satisfação
II
Mais um dia, e não quis ceder novamente
Frente a frente estava eu e os meus opressores
Quando com sorte eu sorria, não bem merecia, mas foi a justiça que veio valente
E corações não resistem ao forte calibre da arma roubada, vendida em troca da droga vulgar
Pois, há mais força no que planta, suores no que colhe e ganância no que vende
E o ciclo produtivo da minha alma se recolhe à insistência da palavra
III
Criam leis e me reservo em obedecê-las
Quando confuso em meio ao homem inoportuno
Minha vontade não se repõe após o ato
E meus desejos ficam sem utilidade
Escandalizo a vizinhança e não me culpo
Pois Deus dissera noutra vez que sou seu filho
Se cada cor viesse aos olhos reivindicando
E cada árvore cobrasse os seus frutos
O que seria do animal antes do abate
E dos perfumes, caso as flores não brotassem?
Vamos fugir pra uma terra ainda deserta
E a compaixão seja o começo da alegria
Os pais não entendem quando os filhos ficam adultos
Em puros mimos a violência chega à pele
IV
Pode ser que alguma alma não entenda
Do teor da minha fala indignada
É que os desejos e vontades tardam à pele
E me entrego à droga menos que outrora
A paciência é tolerante e o espaço se comprime
A dependência me entristece e a cobrança me condena
A cada dia eu entendo mais o homem
Que na vontade espera a noite ansioso
É que os sonhos são como gratas esperanças
De mudanças pois, o céu fica pequeno
Eu enxergo muito mal quem me rodeia
O mesmo cheiro de lembranças, todo dia
Quero apunhalar espertamente a maldade
Pra ver se assim, deus me alivie da agonia
V
Reconheço meus pecados todo instante
O sofrimento vem potente humilhar-me
Como poderá o coração ser punido com a lança
Se a consciência se cala e não assume a culpa?
Bato no peito doente, de gente, de crente, ou demente, não sente a minha aflição
E com a mágoa perdida, esquecida, mantida dói dentro escondida lá no coração
Quantos pesares sofridos, perdidos, achados, comprados, inchados os meus pés no chão
E de pecado em pecado, me esqueço, obedeço, um terço, desejos de contemplação
Com alegria no frio, umbigo, insosso, sem gosto, sem posto de observação
Basta um pedaço do bolo, do tolo que espera, na fera que grita por satisfação
II
Mais um dia, e não quis ceder novamente
Frente a frente estava eu e os meus opressores
Quando com sorte eu sorria, não bem merecia, mas foi a justiça que veio valente
E corações não resistem ao forte calibre da arma roubada, vendida em troca da droga vulgar
Pois, há mais força no que planta, suores no que colhe e ganância no que vende
E o ciclo produtivo da minha alma se recolhe à insistência da palavra
III
Criam leis e me reservo em obedecê-las
Quando confuso em meio ao homem inoportuno
Minha vontade não se repõe após o ato
E meus desejos ficam sem utilidade
Escandalizo a vizinhança e não me culpo
Pois Deus dissera noutra vez que sou seu filho
Se cada cor viesse aos olhos reivindicando
E cada árvore cobrasse os seus frutos
O que seria do animal antes do abate
E dos perfumes, caso as flores não brotassem?
Vamos fugir pra uma terra ainda deserta
E a compaixão seja o começo da alegria
Os pais não entendem quando os filhos ficam adultos
Em puros mimos a violência chega à pele
IV
Pode ser que alguma alma não entenda
Do teor da minha fala indignada
É que os desejos e vontades tardam à pele
E me entrego à droga menos que outrora
A paciência é tolerante e o espaço se comprime
A dependência me entristece e a cobrança me condena
A cada dia eu entendo mais o homem
Que na vontade espera a noite ansioso
É que os sonhos são como gratas esperanças
De mudanças pois, o céu fica pequeno
Eu enxergo muito mal quem me rodeia
O mesmo cheiro de lembranças, todo dia
Quero apunhalar espertamente a maldade
Pra ver se assim, deus me alivie da agonia
V
Reconheço meus pecados todo instante
O sofrimento vem potente humilhar-me
Como poderá o coração ser punido com a lança
Se a consciência se cala e não assume a culpa?
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