19 de mai. de 2012

Invólucro

"A cabeça doida manda a boca confusa se calar. O coração indiscreto, insatisfeito com os desmandos da testa, distrai o pensamento pra que os lábios se movimentem aleatórios. O corpo não entende a lógica incerta de seus membros. Quer cama, bebida, quer droga, comida. Quer que o desejo se cumpra e os instintos transpirem na pele castigada pelo vento frio. As mãos se fecham, os pés retraem-se. Internamente, os olhos abrem-se para entender o jogo. Não há cheiro melhor que a contenda. E no casulo do corpo onde residem as sensações, sangue e pensamentos seguem seu curso." 

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