Tanta gente que sentia e por ironia não se asseava e nem se tocava durante o desejo todo na bandeja em frente às quimeras em meio a passarelas no campo, cidade, sertão. Venha curtir um pouco do meu desgosto e acorrentar nossa desgraça, passa, tudo-passa, e janta, e morde o contexto, léguas de mágoas prevaricando a canção. No poder, na riqueza, fama ou tristeza se tenho a posse na mão. Posso mais do que a mim mesmo, mais que o meu beijo e um prato servido de pão. Bebo quando eu quero rema e velas, possa navegar pelo azul. Mares trazem incertezas, ventos, correntezas de um tempo em que eu mais sofri. Quando remotamente eu vagava em mentes cruéis do espaço vazio de gente, família, deus ou poesia, ou alguém. Todos somos filhos da língua. Só não falamos ao mesmo deus. E como o homem pode matar o homem se descumpre um preceito divino? Agora implora beleza, justiça, certeza, só quer outra opinião. Não sabe falar com bondade, com alteridade, não sabe nem com exatidão.
31 de mai. de 2012
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