O que
entre nós predomina
Se me
arrasto a teus pés
Te
lambo o calcanhar
Mordo
justo o tendão
Me perdoe,
Por
manter tal conduta
Ao
pé, o sapato cabia
E
eu, como qualquer vadia
Entregava-me
aos dedos, qual puta
Minha
lógica, pouco comum
Improvável
ao homem direito
Ter nos
pés o calor do desejo
E nos
dedos, fagulhas de afeto
Cavidades,
plantas, forma, cheiro
O tesão,
qual espera de um feto
Nos
pés se escondem alguns segredos
Que
talvez tu desconheças
Quando
o outro enfim se aproxima
A
imagem se inverte lá de cima:
-
Cabeça aos pés?
[não]
- Pés à
cabeça!
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