Quem é que espera e não duvida,
Que violentamente é incapaz de maltratar,
E pacificamente, não resiste à injustiça?
Quantos braços se levantarão ainda
Ante a fome, ao desgosto, à crendice
Quantas vozes me encantarão ainda
E crianças cultivarão, esperançosas, a velhice?
Os escombros me fizeram desistir do recomeço
Tanto sangue é perdido, tanta mágoa dispensada
Tem rumores de tristeza espalhados no destino
Com pitadas de fomento de realizar o sonho
Me foi pouco o veneno, me foi rara a saudade
A cada passo eu adio, a cada passo eu desconheço
Sou contra a dor, mas vejo guerra
Contra o mal. E o bem, quem é?
Quem espera e não duvida?
Quem é?
Nenhum comentário:
Postar um comentário