Como favo de mel entre teus cachos
A uva mais genuína dos meus galhos
Entreaberto, os olhos erram o alvo
E miram justo tuas mãos em tato ao rosto
Deixo-me sem rumo que me leve ao teu espaço
Ao teu lado de dentro, ao teu colo
E com foro íntimo, degrau a degrau ouço teu ar
A porta da frente parece fechada, encostada
Daqui te vejo passar enquanto ouço
Teu passeado que se aproxima ao meu soluço
Espero atento tua imagem em meu espelho
Entorpecido frente ao cálice de vinho
Esqueço o mundo e gravo a tua passagem
Quero que o brilho intensifique meus neurônios
E da pele ingênua nasça a flor do meu desejo
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