10 de nov. de 2012

Fluxo

Meu estômago
Se consome de si mesmo
Feito cruz, pingente de ombro
Feito mágoa martelando a consciência
Igual orgasmo sem destino que o alcance

O sangue, a fome, o respiro
O que de fato me resta, senão sobreviver?

Do que me empresta a moral,
Coisas a obedecer?

E deus,
Às forças escondidas, me submeter?

Enquanto o fluxo
Ainda o pulso
Mais não desisto
De existir
E coexisto
Com o outro
Que teima em confundir-me
Em laços, em beijos, enfeites
Ódios, outros sentimentos ruins

Enquanto o fluxo,
Resisto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

protesto

  num tempo onde as tragédias são celebradas alguns tantos te querem triste, derrotado levante, sorria para o espelho, para a vida o teu sor...