27 de mar. de 2013

Quem sabe...

Um ao outro, vamos nos tocar
Possam mãos e corpo se encontrar

Tropecei nas pedras que joguei
Arrisquei para me arrepender
Ai de mim, 
E quem há de ouvir-me?

Que se dane a métrica do verso
E que me perdoe a poesia
Vida, assuma o caos da fantasia
Faça o que é errado virar certo

Antes que o cigarro se se acabe 
Logo, outro à mão se adianta
Guardo o grito preso na garganta
Para amanhã, talvez, quem sabe...








25 de mar. de 2013

Vista-se

Vista-se de louça
Cubra-se de aço
Pés, porcelanato
Ferre-se de roupa
Regue a vontade
Semeando cores
Dosa a vaidade
Vista-se de amores

Inferência

Tem muito trigo no meu joio
Muita cebola nesse molho
Coloca água na panela
Acenda uma luz de vela
Que a luz se foi sem embaraço
Nenhum cigarro nesse maço
Traz a comida,
De fato, resta a consciência
Para enfrentarmos nosso posto
À mesa sempre o mesmo gosto
De inferência.

raso e profundo

Um beijo de lua
Um saco de areia
Uma pele nua
Um pé, uma meia

Nos traços sem forma
Nas mãos, o abandono
Coração sem norma
Desejo sem dono

Deixou meu presente
Um tempo atrasado
Um meio contente
Um terço agitado

Unamos as pontas
Refaçam os laços
Afinal de contas
O que desaponta
Um coração fraco?

E quando eu fecho
Meus olhos pro mundo
Ficam entreabertos
Eu não acho certo
Sentimento inverso
Tão raso e profundo

22 de mar. de 2013

O caso do sol

O sol se escondeu debaixo do meu travesseiro
Temia que as estrelas tomassem o seu posto
Mas, em razão da culpa
Quem decidiu a sua sorte
Logo ergueu-se atrás do monte
E o dia sucumbiu ao norte
Levando o sol no horizonte
Foi se encontrar com o Ocaso
O guardião da noite escura
Que enciumado da Aurora
Mesmo depressa, sem demora
Ao sol lhe desejou ternura


Se te amo eu me perco

Deixa de mão essa utopia
De amar e ser amado
Quanto mais me vejo dentro
Mais pra fora é que me abro
Eu me perco,
Em minhas próprias armadilhas
E enganos,
Sobreviver é fantasia
Se te amo,
É que transmito o que sinto
Os meus planos,
Minhas tristezas e alegrias
Eu me perco
No mundo, ilusão à toa
Se te amo,
É a verdade que se doa
Se revela

20 de mar. de 2013

Te proteger

Te proteger
Te resgatar
Das rédeas do perigo
Se eu te perder 
Vou te achar
No meu esconderijo

E o amor,
Vai ser o nosso vício
E te tocar com meu olhar
Vai ser meu artifício
E fundo,
Mergulharei no teu sorriso
Um beijo, e logo de início
Teu coração - eu vou cuidar


19 de mar. de 2013

Tua cruz


Você me pede um café
E eu insisto em dormir
Quando te sobra a fé
Eu penso em desistir
Não dá,
Pra consolar quem só deseja apoio
Tem muito trigo invadindo meu joio
Te dar a mão pra me desequilibrar
Contradição nesse teu jeito vulgar
Vulgar,
E o coração nunca desiste do jogo
E se perder ainda arranja um troco
A salvação virá de outro lugar
Só vejo mãos querendo me arrancar

Você me fala de paz
E eu só penso em fugir
É pouco, menos, é mais
O que interessa é agir
Que não,
Palavras não valem caladas na folha
Mesmo que não ditas, algo lhes discorra
Faça uma proposta que nos leve ao céu
Segure meu manto, arranque seu véu
Então,
Vamos nos embriagar desses fonemas
Deixa a mania de criar dilemas
Vale mais a pena quebrar os tabus
Baixe a guarda ao peito e crave tua cruz

Desarticular

A mente quer desatinar
Seguir o coração
A vida quer nos separar
No jogo da paixão
Impeço feito cálculos renais
Acorrentei os laços ancestrais
De mão em mão estava ali
Desertando da paz
Meu coração, eu vou seguir
Ao teu prazer, jamais
A chama da paixão quer me matar
Meu coração vou desarticular
Não duvidei do seu amor
Nem lhe pedi perdão
Seja pesado, o quanto for
Não traia o coração
Não vou dizer que tudo está certo
Um dia a mãe se livra do seu feto
A poesia é desigual
Esconde a imperfeição
O bem pra mim te faz um mal
Te deixo essa canção
A chama da paixão quer me matar
Meu coração vou desarticular

18 de mar. de 2013

Cigarros

Livre estão as mãos
E os pés tocam o chão gelado
Miro o cigarro
Apago o propósito
Para acendê-lo
Fumo.
De meus desejos
Minha saudade
E cada trago me traz de volta
Aonde não queria estar
Fumo.
E antes de findar a chama
A fumaça anuncia o dia


Imaginário

Outro passo para o abismo
Rumo à eternidade
Quanto mais eu chego perto
Longe fico da verdade
Aos poucos um fio 
Envolve o meu corpo
E feito um casulo
Fica o coração
Então eu me lembro
E deixo a saudade nua
Me distancio de mim
Para ver se me encontro
Fecho os meus olhos
E ali não me vejo
Grita o silêncio
Se esquiva o desejo
E tento, e tento
De fora ver o dentro 
E o dentro se vai
No imaginário
É onde se escondeu
O sentido de viver
No imaginário
Lá existe deus
E desisto de viver




17 de mar. de 2013

Coturno

Calçarei meus pés em teus sapatos
Sentirás o que sente o abraço
Calcanhar disfarça o seu medo
Tenta enxergar à frente os dedos
Se não lhe couber, acho um jeito
Folgado ficar, lá eu me deito
Apertai com força o cadarço
Será tua a métrica dos passos
Se o caminho ora ficar turvo
Lembrai do que levas no coturno

16 de mar. de 2013

Felicidade

Quero a felicidade
De pulsos abertos
De mãos abanando
Olhos entreabertos
Colchões esperando
Alguém
De lá
Além
Do mar
Quero a felicidade
Na mágoa, na falta
Ausência, espera
Me dê um motivo
Um paliativo
De amor
Brotar
A flor
Se abrir
A mão
Chegar
No não
O sim

Menos vício


Fortaleça o laço
Cole cada pedaço
Que restou da chama
Remenda teu rosto
Reaja disposto
Disfarça teu drama
Os amores se vão
Entre os dedos da mão
E o coração se inquieta
Dê um tempo à emoção
Deixe que a intuição
Se divirta nessa festa
Egos traem todo o tempo
Quem não tem discernimento
Se entrega aos caprichos
Vaidades vão com o vento
Quero paz em meu tormento
Mais virtude, menos vício

O sonho

Me ajusto no teu sonho
Lá me caibo escondido
Ajo feito um bandido
Pra roubar tua atenção

Lá tem mitos e verdades
Vereditos e vontades
O desejo é desvairado
Tem um jeito arraigado
De expressar a opinião

Fico vendo teu presságio
De repente outro estágio
Escurece a visão
Quando enfim, o pesadelo
Desatina o teu medo
E me vês na escuridão


15 de mar. de 2013

Sonho colorido

Derramarei sobre tua cabeça
Unguento com perfume de saudade
Pra quando lembrares da mocidade
Da ingenuidade, não esqueças

Quando deixavas solto o cabelo
Te desprendias do ar poluído
Deixavas tua pele nua em pelo 
Sonhavas um futuro colorido





O que nos interessa

A tua sentença
Chega 
Toma 
Ilude
A minha presença
Um gesto se achega
Rasga
Aponta
Invade
A tua indiferença
Já que o preconceito
Naturalizado - Humano
Esconde-se sob o pano
De meias verdades
Feito contingência
Ergue
Sobra
Falta
Abrir tua cabeça
Desarranjar o riso
Feio
Falso
Amigo
E o que nos interessa
Deixar de lado a pressa
Ir de encontro ao homem
Não levantar o nome
De deus ou o diabo
Para levar a cabo
O que nos interessa


14 de mar. de 2013

Fado

Um sabor de outrora
Perfuma meu fado
Lado a lado os corpos
Inebriam-se aos montes
Cruzam seus horizontes
Num encontro profundo
Não há quem neste mundo
Que me dê mais do pouco
Quando triste ou louco
Se entrega ao amanhecer

teísmo

Não vou financiar meu desatino
Nem te acusarei pela ausência
Faltou um pouco só de paciência
Agora quem te falta tem-lhe dito
Pleonasmo vale mais que eufemismo
Entrar adentro a fé que une corpos
Sair afora ao chão de meu teísmo
Não entregar a vida pelos mortos

Por que a linha torta não se endireita?
A porta deve mesmo ser estreita?

13 de mar. de 2013

Amor primeiro

Enamorei-me 
E por quem jurei eternidade
Deixei em fragmentos o tempo
E agora os seus olhos querem resposta
Cada desejo virou aposta
Enquanto a pele enrijece 
Seu tom em cinzas esvanece 
O canto se perde à voz tardia
E noutros braços, qual vadia
Entreguei o meu amor primeiro



Velha esfera

Tropecei
Num punhado de espinhos
Que jogaste na via
Da paixão
Lá cravaste um punhal 
No meu interior
Males sem um pudor 
Ou consideração
Me roubaste o sorriso
E a emoção
Dediquei mais um tempo
À minha dor
Pra te ver feito sombra
Feito engodo ou lombra
De um tempo que passa
Que é raro
Hoje cada espinho
Se foi como o vinho
De outrora
De uma velha esfera
Que desprendeu-se de mim
Desatei cada nó
Feito um raio de vento
Magia, esquecimento
Pra me ter melhor



11 de mar. de 2013

Porta

Tanto se fala de outras coisas
Tanta fumaça por um líder
Meu ocidente se orienta
Eu me recolho em meu juízo
Pra poder falar
Em nome de deus
Pra me redimir
Em nome da paz
E tanta graça em meu choro
Suores nos pelos do corpo
Quem há de calar essa fome
Possa levar o que me sobra
Condicionado está o homem
Se precisar, abra-me a porta
Pra poder falar
Em nome de deus
Pra me redimir
Em nome da paz

Duvida perdida

E dorme
Quem te jurou proteção
Ousou em disfarçar-se no espelho
Em frente àqueles olhos vermelhos
Desafiando a exatidão
Agora
Sozinho revira-se às avessas
Pra ver se encontra algo que lhe agrade
E a cada vez que ao seu íntimo visita 
Encontra a dúvida perdida na verdade



10 de mar. de 2013

Algo que me faça rir

Vou garimpar noutras verdades
Algo que me faça rir
Há quem troque suas vidas
Por um pouco de afeto
Destitui sua vontade
Seja torto ou seja certo
Seja louco ou seja sóbrio
Quando a dor lhe dá o veto:
Se entrega por tão pouco
Abstêm-se de si próprio

Ditos dominicais

"Haverá maior angústia que sofrer em silêncio?"

"Melhor o louco,  que desmonta a armadilha do sofrer"

"Se precisar ser falso, finja ser você mesmo"

"A droga é uma ponte onde a consciência vem e vai"

"Juro que talvez eu me arrependa depois"

"Quem já se arrependeu de algo que fez, conhece o que é o perdão"

"O que fazer quando não dá mais para dividir: entregue."

"Tá, já me desculpei! O que tenho que reconhecer?"

"Mesmo sem querer, acabo olhando para trás"

9 de mar. de 2013

A morte da cadela

"Advinha quem chegou
Na verdade, eu fui buscar
O céu não lhe remediou
Alguém traiu seu respirar
Lá estava ela, adormecida
Se foi a noite, veio o dia
Se de doença ou de agonia
Dormiu pra nunca acordar"

Vazio em cheio

Repartir o pão sem medo
Desejar o amor primeiro
Preencher vazio em cheio
De ar

Corações querem desejo
O ladrão acha um jeito
Quer a boca o teu beijo
Roubar

Vários não fazem inteiro
Dar-te o que é de direito
À cabeça um travesseiro
Pensar

ideia de deus

A ideia de um deus
Deixou na intuição
Uma interrogação
Calada

Quem inventou a fé
Esqueceu de deixar
Ao homem a intenção
Primeira

Mesmo ao me render
Ou quando vou tentar
Tenho que superar
O espelho


Que diz: você é mal
Se bom lhe estiver
Não cabe ao coração
Desejos

O amor se entregou
Por quem não lhe amou
Razões ficam no ar
Nos medos

7 de mar. de 2013

Chega de tristeza


Chega de tristeza
Que a riqueza
É a que vem do interior
Ser feliz não basta
Quero cachaça
Não ser punido
Por seu amor
Dentro do meu peito
Não há defeitos
Que não mereçam o teu perdão
A felicidade
Só ela sabe
Quanto lhe cabe no coração
Mas, se ela restar
Deixa ficar
Nas entrelinhas
Dentro do bolso
Basta ao tesouro o seu brilho ofuscar
Que a vaidade elogiar o teu pescoço

5 de mar. de 2013

Dor da Saudade


Menti,
Pra não te ver chorar
E quando o sonho virar realidade
Reviro no peito a dor da saudade

Trouxe pra ti o desejo escondido de um casto
Para ganhar um tempinho a mais em teu colo
Te desenhar, tatuar teu sorriso em meu braço
Tua será minha mão e meus serão teus olhos
Vou declamar esse verso em troca do beijo
Assumir o nosso encontro fiel e hospedeiro
Quando pesar essa cruz a favor da verdade
Os corpos já se entregaram à luz da vaidade

Menti,
Pra não te ver chorar
E quando o sonho virar realidade
Reviro no peito a dor da saudade

Viva Maria

Não vou correr o risco
Para me adaptar
Abrir a mão do sonho
Para descansar
Abotoar o corpo
A mente, o gosto
Umbigo, o rosto
A emoção desvencilhar

Partir ao interior
E lá vou encontrar
O que sobrou, restou,
Embaralhou o meu prazer

Labuta, rechaço, 
Carteira de trabalho
Um blefe, proposta,
Aposta de baralho

Só entro se posso sair
Depois
A graça divina divide
O meu presságio
Abotoa o corpo e esconde
Dentro do armário
Se é noite ou dia
Eu não sei responder
A tua companhia
Cortou minha energia
Os pulsos, a maternidade
Viva Maria!
Escadas, descidas
Força para subir

A saga desvia 
O meu tempero
Na vaga lembrança
Um desespero
E quem me conhece
Não me reconheceu

Amores para dar
Não sabem à quem
Merecer
E volto a me trancar
Procuro o rumo
Do meu ser

Vidas serão a mais
Se menos de mim
Se entregar
Com todos os meus ais
Adiantados sob mim
Meu cantar
Emudecer
Silenciar
O meu prazer



 

3 de mar. de 2013

Eu mesmo

"Um de mim
São dois
Se te amo
Depois
De amar-me
Antes"

"Se o mundo finge vida
Me sobrando a morte
O que tenho a dizer
Digo sem remorso:
Temo que não posso
Fingir ser eu mesmo"

Coração de mulher

Palavras de amor sobre a mesa
É o pão
Dividir o que não tem mais jeito
Aqui dentro
E sinto uma dor calada insistir
Quando o desejo resolve sair

Me desajunto e me comprimo
Pra caber
Fico ensaiando um sorriso
Disfarço um olhar tranquilo
Pra voltar a viver

Silêncio na rua escura
De ventos
A brisa e a lua minguando,
Acalentos
Cabeça não sabe o rumo
Da paixão
Desistir me parece a primeira
Opção

E quando entra em um beco escuro
Esquina ou num canto qualquer
O que fará o coração de uma mulher?

Meu arvoredo

Onde andará aquela aurora
Que acordou meu arvoredo
Deixou vazia sua memória
Levando-lhe rumo ao medo

Meu arvoredo era puro encanto
Era de fumaça, era de vento
Desafiava a ação do tempo
Se enveredava pelo verde campo

Num fim de noite chegada a hora
Naquele instante ao raiar do dia
Lhe acordou a vida lá de fora
E se entregou feito uma vadia

Meu arvoredo nunca teve um dono
A sua estrela é um meteorito
Que deixa sem palavras o abandono
Deixa de história pra virar um mito

2 de mar. de 2013

corpo-a-corpo


Da-me a tua mão
Que te empresto os meus dedos
Faça-me sorrir
E teus serão os meus segredos
Deixe de lá a antiga chama
Que tenho fogo em meus suores
À quem amar? - À quem te ama!
Já me perdi noutros piores
E desistir não faz sentido
Desvirtuando meu juízo
Estou a postos!

Em corações de pedra 
O sangue corre solto
E por menos que louco
Ela no corpo-a-corpo
Aos poucos, se entrega

Tente

Se a dor te faz chorar
Mira
Que no fundo do mar
Tem vida
Nas alturas do céu
Se voa
O lado interior
Sente
No sonho as tuas mãos
Tocam
Ninguém é tão ruim
Tente

1 de mar. de 2013

De novo

Ejeta do teu peito a amargura
Deixa vago o coração 
Lentamente perceba em torno
Devaneie da brandura
Desconfie da atenção do povo
Não perca a compostura 
Que a graça chegará de novo

Eternas tristezas

Eternas tristezas
Em corações efêmeros
Não tem borracha que apague
Nem ao desfiladeiro, freios
É muito e pouco, é menos
Insensato, é ingrato, ingênuo
Eternas tristezas
Que se dão por inteiro, metades
Desafiam o valor da verdade
Quando o vazio invade o cheio



Bem-vindo

Tem papo 
Tem papa
Tem grilo
À cabo
Cachaça
Tranquilo
O casco
De lata
De vidro
Obrigado
De nada
Bem-vindo

Adormeço

Varado ficou meu peito com tua ingratidão
Dourei as pastilhas pra me enganar
O sol não é nada frio quando eu resto só
A lágrima cai em frente ao mar
Tristezas e avarias sucumbem o existir
De nada me vale imaginar
Então, fechando os olhos, arquivo a solidão
Adormeço para descansar

Pisca

Pisca
Teu reflexo no espelho
Pisca
Luzes sob o teu cabelo
Pisca
Uma estrela no universo
Pisca
O recôncavo e o convexo
Pisca
A pestana, a sobrancelha
Pisca
Feito as asas da abelha
Pisca
Tua língua em meu mamilo
Pisca
Qual cantiga de um grilo
Pisca
Invadindo os meus ais
Pisca
Deixa tudo para trás
Pisca
Para frente é que se anda
Pisca
Na Suécia ou em Ruanda
Pisca
Preso ou em liberdade
Pisca
Busque a felicidade
Pisca
Lamparina no deserto
Pisca
A verdade em meu verso


protesto

  num tempo onde as tragédias são celebradas alguns tantos te querem triste, derrotado levante, sorria para o espelho, para a vida o teu sor...