eu sou e não sou ao mesmo
tempo
o absurdo é tão lógico pois
é comum
já te amo pois te odeio
choro ao sorrir da
desventura
me sacio da falta
lentamente morro de
esperança da vida
subo ao mais alto e me jogo
vou e volto dentro de mim
como um ocaso
durmo desesperadamente pois
anseio acordar cedo
vejo as pessoas e desejo
encontrá-las
penso e de repente me
esqueço
quieto, e mais agitado me
encontro
me encosto pra te ter
distante
me arrumo pra ficar mais
feio
tão estranho é quando mais
te entendo
tão agora quanto eterno
tão potente pois é frágil
pra tentar eu desisto
pra andar eu me instalo
ofuscado fico sóbrio
me afasto e me encontro
quando finges me esclareces
quando falas, eu me calo.
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