23 de jan. de 2012

“Ser, nada.”


O que de fato precede a essência das coisas?
Sartre um dia me disse que antes de tudo “eu existo”, e isso já me seria mais que suficiente...
Eu desisti de existir.
Então, me dei conta que nada sou.
E o que é o nada?
Que relação existe entre o ser e o existir?
Daí a resposta: o nada.
Entre ser e existir me resta apenas a compreensão, o subjetivo, o acaso.
Minha intenção jamais foi justificar fatalidades.
Em verdade, elas existem, pois estão aquém de mim mesmo. À elas atribuo essências jamais colocadas à reflexão dos grandes pensadores, pois ninguém suporta a condição do “não senso”, condição essa naturalmente justificável e que não tem intenção nenhuma de levar os homens ao delírio ou ao fatalismo.
Tudo seria bem mais tolerável se admitíssemos essa causa que não tem pretensão de ser causa, e por verossimilhança coexiste com a outra possibilidade, menos aceitável, da causa primeira (propositalmente redundante).
Não estou pregando ou levantando a bandeira unilateral do “não-sentido”, só admitindo, não questionando, mas, querendo entender.

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