O que de fato precede a
essência das coisas?
Sartre um dia me disse que
antes de tudo “eu existo”, e isso já me seria mais que suficiente...
Eu desisti de existir.
Então, me dei conta que nada
sou.
E o que é o nada?
Que relação existe entre o
ser e o existir?
Daí a resposta: o nada.
Entre ser e existir me resta
apenas a compreensão, o subjetivo, o acaso.
Minha intenção jamais foi
justificar fatalidades.
Em verdade, elas existem,
pois estão aquém de mim mesmo. À elas atribuo essências jamais colocadas à
reflexão dos grandes pensadores, pois ninguém suporta a condição do “não
senso”, condição essa naturalmente justificável e que não tem intenção nenhuma
de levar os homens ao delírio ou ao fatalismo.
Tudo seria bem mais
tolerável se admitíssemos essa causa que não tem pretensão de ser causa, e por
verossimilhança coexiste com a outra possibilidade, menos aceitável, da causa primeira (propositalmente
redundante).
Não estou pregando ou
levantando a bandeira unilateral do “não-sentido”, só admitindo, não questionando,
mas, querendo entender.
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