Essa comida é indigesta
E o meu tempo não me espera
Já tentei e hoje eu admito
Que a cabeça só conserva
Dentro dela o que lhe apraz
E todo o resto vem à tona
E todo o corpo sofre à causa
Agora entendo muito menos
Por que eu fui o escolhido
Em tantas possibilidades
Por que não outro/outra pessoa
A minha pele é humilhada
Pois o vermelho eles não veem
Que é comum e bate dentro
Os músculos são aparentes
Estou andando e tão inerte
Eu falo muito e me entristeço
Sei que não posso responder-lhes
Fraqueza alheia me incomoda
Tristeza pouca é tão contrária
E o meu tempo não me espera
Já tentei e hoje eu admito
Que a cabeça só conserva
Dentro dela o que lhe apraz
E todo o resto vem à tona
E todo o corpo sofre à causa
Agora entendo muito menos
Por que eu fui o escolhido
Em tantas possibilidades
Por que não outro/outra pessoa
A minha pele é humilhada
Pois o vermelho eles não veem
Que é comum e bate dentro
Os músculos são aparentes
Estou andando e tão inerte
Eu falo muito e me entristeço
Sei que não posso responder-lhes
Fraqueza alheia me incomoda
Tristeza pouca é tão contrária
E pelas ruas da cidade
Vejo os corpos insistindo
De um lado a outro a liberdade
É tão singela e passageira
Deus simboliza a esperança
De uma vida melhorada
O homem foge de si mesmo
E não assume a caminhada
Sempre reclama dos problemas
Por mais que sejam alterados
O que me aflige é a insistência
Tenho medo de desistir
Meu corpo não resistirá
A alma também tá aflita
De quando em quando eu retribuo
A quem me olha com desdém
Quem me excita me detesta
Quem ama, me ama também
Vivemos todos sob o crivo
Sob os olhares da moral
Ela no fundo subsiste
Nossas vontades se retraem
E à luta vamos insistindo
Sem entender direito o pai
Será que ele reivindica
Para si mesmo o valor
Que é tão humano e contingente
Efêmero e traidor
A porta muda enquanto eu saio
A luz se apaga eu fico nu
Vou te escondendo e me achando
O contrário também me seduz
Lá na parede da ante-sala
Tem uma formidável cruz
E os destinos perdem o senso
E as conquistas perdem o cheiro
Por ser assim é que me entrego
E aproveito o tempo alheio
Compactado está o espaço
A cada dia diminui
Até o ponto indecifrável
Quando não tenho onde ir
Quero que nunca me detestes
Nem que afinal finda o amor
Que soe como desabafo
E surja um novo entendimento
Pra que a vida passe rara
E eu siga um novo pensamento
Correr demais tem me cansado
Você sabe o quanto penei
Para não ser mais tão humilhado
Nesse poema eu te encontrei.
O outro é muito importante
Pra dar reais sentidos crus
E na parede do Universo
A divindade faça a luz.
Vejo os corpos insistindo
De um lado a outro a liberdade
É tão singela e passageira
Deus simboliza a esperança
De uma vida melhorada
O homem foge de si mesmo
E não assume a caminhada
Sempre reclama dos problemas
Por mais que sejam alterados
O que me aflige é a insistência
Tenho medo de desistir
Meu corpo não resistirá
A alma também tá aflita
De quando em quando eu retribuo
A quem me olha com desdém
Quem me excita me detesta
Quem ama, me ama também
Vivemos todos sob o crivo
Sob os olhares da moral
Ela no fundo subsiste
Nossas vontades se retraem
E à luta vamos insistindo
Sem entender direito o pai
Será que ele reivindica
Para si mesmo o valor
Que é tão humano e contingente
Efêmero e traidor
A porta muda enquanto eu saio
A luz se apaga eu fico nu
Vou te escondendo e me achando
O contrário também me seduz
Lá na parede da ante-sala
Tem uma formidável cruz
E os destinos perdem o senso
E as conquistas perdem o cheiro
Por ser assim é que me entrego
E aproveito o tempo alheio
Compactado está o espaço
A cada dia diminui
Até o ponto indecifrável
Quando não tenho onde ir
Quero que nunca me detestes
Nem que afinal finda o amor
Que soe como desabafo
E surja um novo entendimento
Pra que a vida passe rara
E eu siga um novo pensamento
Correr demais tem me cansado
Você sabe o quanto penei
Para não ser mais tão humilhado
Nesse poema eu te encontrei.
O outro é muito importante
Pra dar reais sentidos crus
E na parede do Universo
A divindade faça a luz.
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