Mulata do salto quebrado, na noite passada, dai-me teu cheiro
Teu corpo safado invade a loucura do meu amor primeiro
A sensualidade não trai a saudade dos lábios que eu inteiro
Beijava e não me saciava o pescoço, a nuca e o seio
Segundo, o primeiro, o terceiro, lá estava eu tão sorrateiro
Da barbaridade e sonoridade das coxas e joelho
Muita insanidade, deveras verdade, que une nosso meio
Sou eu sorrateiro, terceiro, segundo, hoje sou o teu primeiro
A graça é divina a sorte eu não sei de onde vem, será o destino?
Quero divindade, tua mocidade invadindo o meu caminho
A pele morena, molhada, deixa na cabeça um desatino
Destino, ou sorte, na vida ou na morte, sou teu, não do divino
Vamos não me deixes tão desmerecido, tão triste, tão sozinho
Tuas pernas, teus braços, parecem desabrochar a flor que mata o espinho
Meu corpo sedento de beijos hoje só suspira teu carinho
E não há saudade lá dá mocidade. Pra você, me encaminho.
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