Olho ao lado e o que vejo?
Uma porção de gente que não sabe ao certo distinguir o amor do medo;
Pessoas que atiram sobre os calmos, certeiras flechadas de inimizade e compaixão;
Homens e mulheres que se entregam às sortes dos enganos - e;
Umbigos reivindicando atenção.
Me tornei um pescador das mais sensíveis ilusões, como dissera o poeta. Vou catando um olhar daqui, uma ameaça dali. Uma alegria força meu constrangimento que não cessa em me mostrar a própria imagem.
Estão nos olhares as marcas da satisfação. Faço do passado o elo que indica minha proposta. De rupturas e ajustes, o coração vai batendo até o dia oportuno.
Eis que Deus resolvera me dizer o que devo fazer. Criar.
E à sua imagem, me assemelho como uma sombra. Quero almas. Quero sabores e formas. Quero ser enquanto sinto e nas pedras do caminho, a sombra divina que vagueia em busca do arquétipo perfeito, vai embalando o meu sono.
Não há como medir a fome daqueles a quem olho de cima.
Não posso acalentar o interior da alma sofrente.
E de morte em morte, a sombra criativa me acompanha. Me guia.
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